segunda-feira, 12 de abril de 2010

Assim já é demais

Se liga nessa que é tocante!

Rodoviários sinalizam nova greve em Manaus


12 de abril de 2010

Fonte: Portal Amazônia

Os rodoviários reivindicam reajuste salarial de 10%.

MANAUS – Após o sinal verde do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Manaus (Sinetram), para a greve no sistema de transporte coletivo da cidade, os rodoviários prometem paralisar todas as atividades da categoria na próxima quarta-feira (14), em protesto contra a rejeição da proposta de reajuste salarial.

Os rodoviários reivindicam reajuste salarial de 10%, o que segundo o sindicato da categoria, está previsto na convenção coletiva para 2010/2011. De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, caso o Sinetram não atenda a reivindicação até a próxima quarta-feira, o sistema de transporte coletivo será paralisado.

O Sinetram classificou o reajuste de inviável e explicou que o sistema está com prejuízo, agravado com a redução da tarifa de ônibus de R$ 2,25 para R$ 2,10, determinada pelo prefeito Amazonino Mendes (PTB).

A redução de R$ 0,15 no valor da tarifa estaria gerando o prejuízo diário de R$ 77 mil, segundo informou o Sinetram. (FM)

             É ou não é uma palhaçada? Não a greve, que é justa, já que os trabalhadores do transporte coletivo não recebem reajuste salarial um tempão, mesmo com o aumento da tarifa para 2,25 R$.  Agora o que dá coceira é esse teatro armado pelo Sinetram, alegando prejuízo R$ 77 mil com a diminuição da tarifa, que ainda é maior do que o preço de 2 reais que permaneceu durante a gestão de Serafim Correa. E o pior é que usam o sofrimento dos trabalhadores para reivindicar aumento da passagem novamente.

            Porque não aumentaram o salário destes trabalhadores quando a passagem aumentou para 2,25, e assim permaneceu por meses? Com certeza foi muito mais que isso que eles lucraram nesse tempo!

            O estudante merece mais. O trabalhador merece mais. Quem merece menos é esse Sindicato defensor dos autos lucros e da tragédia coletiva dos transportes, aliada a uma prefeitura e câmara(das) que apoiam suas investidas contra o tranporte coletivo e a favor de si mesmos!

segunda-feira, 22 de março de 2010

SOS Encontro das Águas

É impressionante a investida pesada do capitalismo na exploração dos recursos em detrimento da saúde humana e da natureza. Duas grandes empresas, a multinacional Coca Cola e a brasileira Vale do Rio Doce, estão querendo construir um grande porto na região das Lajes, próximo ao encontro das águas, cujo impacto ambiental é incanculável de tão grande, prejudicando a paisagem do ponto de maior potencial turístico da cidade e a vista do lugar mais bonito que eu já vi.

Ontem, às 10h da manhã, reuniram-se movimentos sociais, representantes de políticos de esquerda, uma pequena parte da imprensa (os jornais em que os construtores do porto não anunciam), sociedade civil, como os representantes da comunidade da Colônia Antônio Aleixo, que perderão o Lago do Aleixo caso o Porto das Lajes seja contruído, em prol da luta pelo meio ambiente e pela manutenção das nossas paisagens e recursos naturais. Juntos nessa luta a meses, o que se chamou de SOS Encontro das Águas está formando um cardume de peixinhos para lutar com os tubarões. Na ocasião, assinamos um abaixo-assinado pelo tombamento do lugar como patrimônio natural.

Dislumbrados pela maravilhosa vista do Encontro das Águas, assistimos ainda show de Nicolas Junior, Antônio Pereira e Imbaúba, de Celdo Braga. Mas legal mesmo, fora o poema do Celdo sobre o Encontro - que teve gente que se sentiu água (não é, Aninha) -, foi quando uns botinhos cor-de-rosa bailaram lentamente na água, a exibir sua beleza singela. Foi um ato muito bonito. De festa e resistência. Amor pela natureza, mas um amor comprometido, que instiga a mudança. Discuta esse assunto. Você gostaria de perder a vista do encontro das águas:} com certeza não

Discuta isso com seus amigos. Esse porto pode acabar com um dos lugares mais bonitos do mundo. Pense nisso!

Darei o link do blog do Rogelio Casado, grande psiquiatra da luta antimanicomial e defensor da natureza, cujo nome é muito legalzinho: Picica  -    http://rogeliocasado.blogspot.com/ 

É preciso defender o que é nosso!

domingo, 21 de março de 2010

Voçês podem pensar

Voçês podem pensar como quiserem, que somos preguiçosos ou no mínimo, que somos "pagapaus (que de acordo com o novo acordo ortográfico não leva mais hífem)" do Babá, mas essa crônica tem de ser levada em conta para sabermos um pouco mais sobre as coisas que aconteceram na nossa cidada e o que está acontecendo, fazendo também um link com dois blogs bem manauras, um que já acompanhávamos, o qual postarei o link da crônica que falo do outro, que passaremos a acompanhar agora!

http://www.taquiprati.com.br/cronica.php?ident=852

http://www.luctasocial.blogspot.com/

É nós de boca cheia!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Bemvindo, calouros!

Tendo em vista que o objetivo deste blog é botar mesmo a lenha na fogueira para assim podermos assar nosso jaraqui com mais dignidade, viemos, através deste meio revolucionário chamado internet, dar as boas vindas aos nossos amigos calouros e convidá-los para juntos, fazermos da UFAM uma Universidade mais democrática, mais participativa das discussões da sociedade, mais ativa política e culturalmente, mais um monte de coisa. O problema não é o mais, é o mas...


Então, amigos, botar lenha na fogueira, ao nosso ver, seria nos questionar sobre as situações todas ao redor de nós, dentro da universidade e também fora dela. É um espaço livre em que podemos articular idéias, fomentar discussões, provocar rebeldias, organizar nosso pensamento, levantar a massa, que hoje paga um real e acessa a internet em qualquer lugar, portanto, pode e deve participar dessa luta! Pena a Ufam não liberar outras redes sociais como o Orkut, mas isso também podemos ver.


Questões maiores, como o transporte coletivo, a poluição, a ditadura da televisão, o Amazonino, a corrupção e nossa participação nela, todos merecem nosso olhar crítico e um meio comum de discussão para levarmos nossas opiniões em conta e lutarmos pelo que achamos direito nosso! Viva Zapata! Viva Zumbi! Viva Jesus e todos os que ainda resistem!

By Babá

O juiz aposentado do Tribunal de Justiça do Amazonas, José Raphael Siqueira Filho, carrega, desde sua infância, o apelido de Cotia Risonha. O ‘risonha’ é um enigma. Mas cotia, todo mundo sabe por quê. É que seu colega na escola primária, o Nininho, gostava de se divertir, pedindo-lhe:




- Siqueirinha, repete: paca, tatu, cotia não!





Siqueirinha sempre se confundia e reproduzia a frase inteira. Nem desconfiava que em Epitácio ‘p’ soa. Por isso, todo mundo passou a chamá-lo de Cotia. O apelido colou. Tem tudo a ver com ele. A cotia é um mamífero e ainda por cima roedor, ou seja, gosta de mamar e de roer o que encontra pela frente. Tem as pernas finas, os olhos arregalados e as unhas afiadas e cortantes. Apesar da aparente leseira pra certas coisas, é um animal esperto, que vive fuçando o chão, buscando vorazmente o que comer.



Tudo bem! Está explicada a origem e justificada a propriedade do substantivo ‘cotia’. E o qualificativo ‘risonha’, de onde veio? Em que momento foi acrescentado? De quem, afinal, a Cotia Risonha está rindo? Essas perguntas podem ser respondidas, analisando a amizade do Siqueirinha com Nininho.



Os dois cresceram unha-e-carne, mamando e roendo. Nininho, menino inocente que saiu de Eirunepé para fazer a primeira comunhão na capital, assumiu várias vezes a Prefeitura e o Governo do Estado, com o nome de Amazonino Mendes (PTB, vixe, vixe!). Siqueirinha se tornou juiz, pronunciou algumas sentenças polêmicas e se aposentou. Mas a amizade continuou.



Coisa bonita, a amizade! Para onde vai, Amazonino leva Siqueirinha, indicando-o para diversos cargos, como a presidência da Companhia Energética (CEAM), a presidência do Detran, a Superintendência da Companhia do Estado do Amazonas (CIAMA). Dizem que até o cargo de cônsul honorário da Coréia no Amazonas, exercido por Siqueirinha, foi indicação do amigo. Na atual administração, ele ocupa presidência do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (IMTT).



Casca de tucumã



Não é uma amizade qualquer, ela está cimentada por interesses comuns e cumplicidades, como conta o combativo vereador Marcelo Ramos (PSB). O ‘Cotia Risonha’ “é o tipo de amigo daqueles que descasca tucumã, que tira o caroço da pupunha e entrega a partida de dominó só para agradar. Também, intimida jornalistas, agride pessoas ou faz qualquer outro trabalho sujo que Amazonino precise”.



Um desses trabalhos ocorreu recentemente. O sorriso de Siqueirinha ganhou contornos enigmáticos de Mona Lisa, quando em julho de 2009 o prefeito Amazonino aumentou inexplicavelmente em 12,5%, a passagem de ônibus em Manaus, que era de R$ 2,00 e subiu para R$2,25. O protesto dos usuários e a proximidade das eleições levaram Amazonino a reduzir, nove meses depois, o aumento para R$2,10.




O prefeito, todo farofeiro, todo bacabeiro, deu, então, uma entrevista coletiva, mas em vez de dizer que estava corrigindo o aumento da passagem, anunciou que estava baixando o seu preço. Parece até a Gol, que em seus vôos está cobrando agora dos passageiros R$10,00 por um sanduíche e R$3,00 por um cafezinho e anunciou cinicamente:



“Viajar agora tem um sabor especial. A Gol não pára de inovar. E para deixar a sua viagem ainda mais gostosa, está oferecendo uma novidade em alguns de seus vôos domésticos: a venda de sanduíches e bebidas. É um novo conceito que a Gol disponibiliza aos passageiros no Brasil”.



Amazonino também não pára de oferecer novidades aos usuários de ônibus, “para deixar a viagem mais gostosa”. Na entrevista em que explicou seu “novo conceito” de tarifas estava ladeado pelo ‘Cotia Risonha’ e pela secretária municipal de Comunicação Social, Celes Calpúrnia Borges Melo, que sem qualquer pudor orientavam os jornalistas: “pergunta isso, pergunta aquilo”. Foi ai que a jovem repórter deste Diário do Amazonas, Vanessa Brito, decidiu perguntar o que está na garganta de todos:



- Quais os critérios para determinar o preço da passagem? Se o prefeito reconhece hoje que o aumento dado em julho do ano passado foi exorbitante, as empresas vão devolver aos usuários de ônibus o que cobrou indevidamente?



A reação da intrépida trupe foi surpreendente. Amazonino suava como se estivesse em uma sauna. O Cotia deixou de sorrir e fuzilou com os olhos a repórter. Tentou impedir que ela se manifestasse. Seu olhar, juro, mete medo. Chamou Celes Calpúrnia e ordenou: “Anota o nome dela”. Calpúrnia – que vergonha! - respondeu: “Ela é do Diário”. Foi tudo gravado e pode ser acessado no You Tube (htttp://bit.ly/agzSQF).



Vanessa, a jovem repórter que encostou o Cotia na parede dizendo – “Tire o seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor”, é uma esperança de que o jornalismo no Amazonas não será chapa branca. Siqueirinha ficou com dor de dente, como naquela música que as crianças cantavam: “A cotia está com dor de dente, e é de tanto, tanto, comer doce quente”.



Fioforum cotiae



O amigo Amazonino, no entanto, fez voltar o sorriso do Cotia, segundo denúncia publicada em O Globo (04/03/2010) e pelo Estado de São Paulo, intitulada: “Indenização milionária em Manaus. Desapropriação rende R$6,5 milhões a secretário municipal”. A matéria informa que “o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB) assinou ontem um acordo extrajudicial que permite o pagamento de R$6.577.166,07 ao juiz aposentado Raphael Siqueira, que é secretário municipal e exerce o cargo de presidente do IMTT”.



A notícia está incompleta porque não diz, numa linguagem que um ex-juiz entende, que “hic culum cotiae sibilare”, isto é, aqui é que o fiofó da cotia começa a assoviar. O vereador Marcelo Ramos fez suas contas e descobriu que numa só jogada entre amigos, o Cotia Risonha embolsou muito mais. Foram R$8,5 milhões pagos com dinheiro público, “a título de indenização por um terreno que em momento algum prova que é seu”.



Amanhã, Marcelo Ramos, que é advogado, entra com Ação Popular para solicitar que a dupla Amazonino e Siqueirinha sejam condenados a devolver todo o dinheiro público que embolsaram. Amazonino, em novembro do ano passado, foi cassado pela juíza Maria Eunice, em primeira instância, sob a acusação de comprar votos.



Por quem os sinos dobram? A Cotia Risonha ri de quem? De nós, leitores, que somos otários e estamos repassando para os bolsos de dois espertalhões recursos públicos que deviam ser usados para melhorar os serviços de saúde, educação e transporte. Agora, é rezar para que saia vitoriosa a Ação Popular contra essa operação escandalosa que clama aos céus e pede a Deus vingança.
 
José Ribamar Bessa Freire
 
Texto brilhante, não é mesmo? Esse cara é o melhor cronista brasileiro vivo! E é caboco! Depois posto uma crônica histórica dele, que eu considero representante legítima do suprasumo da crônica brasileira! Arrebentante e estimulante do ponto de vista da revolução :)
 
Abraços, amigos!
 
 
 

terça-feira, 16 de março de 2010

Tio Google

Fui perguntar ao tio Google o que ele sabia sobre o Boca Cheia. Primeira tentativa: boca cheia - aproximadamente 387.000 resultados. Na primeira página não estava; nem na segunda. Vamos lá, blog do boca cheia - nada! Blog do boca cheia (é nome do blog!) - nada! Porra, pensei, vou buscar coletivo boca cheia: Maninho, não é que pegou! De prima, primeiro resultado! Estou com sorte! Mas porquê?

Como eu esteja, certa maneira, meio de banda, como se diz, com o punk, por motivos de divergências políticas (nada muito grave), tive receio de perguntar a ele? Mas, do alto do seu espírito anarquista, ele, além de me esculhambar (minha vó diria anarquisar, mas não pegaria bem já que sou meio chegado ao anarquismo), ele nos presenteou com este texto belíssimo intitulado Nada de demagogia, que, de maneira enfática e posicionamento contudente, provou que o anarquismo ainda tem bons representantes e que, se uma vez juntas, podemos engradecer a raça humana e nos harmonizarmos totalmente com todos os seres humanos e com a natureza.

Só acreditando nisso, podemos chegar o mais próximo disso! Como disse Rosseau sobre a democracia: é utopia mas é meta! Ou Milton Nascimento: "Se o poeta é aquele que sonha o que vai ser real, vou sonhar coisas boas para o meu país". Vamos sonhar para que se torne realidade. Vamos nos unir para que sejamos mais fortes.

Fácil rasgar uma folha: experimente rasgar um livro?

"Nada de demagogia!"


"As atuais investidas da administração municipal contra a população da cidade não se tratam de atitudes inesperadas. Sabemos e aprendemos no jardim de infância da sociologia, o Estado e seus braços estão para satisfazer os interesses das classes dominantes. A história demonstra que nos tempos mais remotos sempre existiu nas populações e nas massas, uma tendência criadora e solidária. Porém, os indivíduos com instinto de dominação sempre tentaram dominar as massas com suas supestições ou através do autoritarismo. Observando isso, podemos refletir mais profudamente o problema que é da ordem do dia.



Não se trata de um ato isolado. É todo um conjunto de ataques contra o povo, as investidas estão cada vez mais duras. É a tal da 'marolinha' que sacrificou milhares de empregos dos trabalhadores, na 'eterna' crise capitalista, onde a gerência de turno dos sindicatos atrelados ao Estado traem a classe trabalhadora, que vendem sangue e suor para manter de pé as universidades, por exemplo. Mas também ao nível local e global (no sentido internacional), se trata de todo um conjunto de ataques sistemáticos e organizados contra as populações que pagam a conta das crises geradas pelos parlamentos e pelos especuladores!





A canalhice do sistema de transporte público é apenas um pequeno reflexo de toda um cenário global em que estamos inseridos. Mesmo se tapando os olhos para o problema, facilmente se é atingindo por séculos de exploração e submissão aos poderosos. Estamos testemunhando o que o avanço tecnológico pode proporcionar nas mãos das classes dominantes. Quem não orgulho de ser amazonense com a Televisão bombardeando diariamente as casas amazonenses com os 'avanços' e 'feitos' dos atuais governos? Não somos a sede da copa (in)sustentavel? Temos o programa ambiental que faz sucesso internacional, apesar de ter virado programa urbanistico!



Estão brincando com nossa inteligência de apreensão da realidade, do que é falso e o que é real. A 'verdade' poderia ser muito facil de ser conquistada, mas é muito dificil romper o 'espelho', pois ele gera o desencantamento. Podemos construir os debates mais calorosos e grandes de 'mudança' de mundo. Porém, antes de tudo é necessário estar preparado para rompimentos e obrigações. A simples apreensão da realidade é muito díficil, pois se trata se ir de encontro do que foi ensinado pelos 'pais' e pela 'escola'.



Por isso eu digo, nada de demagogia! Devemos sim pensar em modos construtivos de 'mudanças' - não digo revolução, ainda - mas que essas ações signifiquem todo um rompimento com o velho modo de encarar a realidade. Não podemos dizer aos calouros, por exemplo, que a exploração do homem pelo homem vai acabar por si só e nós mesmos não devemos atuar firmemente para isso, rompendo e construindo. Devemos fazer eles buscarem a verdade por si mesmos! Nós que 'conhecemos' algo mais, podemos prever que para isso é necessário grandes lutas. Mas pra emancipar os cérebros percisamos apelar para a iniciativa de CADA UM, pois somente a união das iniciativas individuais podem vencer essa luta. Não se pode esperar sentado, mas podemos construir juntos, apostando nas iniciativas individuais e conscientes.


Por isso dou total apoio a qualquer iniacitiva subversiva, porém me oponho incondicionalmente a tentativa de utilizar os secundaristas como massas - de manobra -, eles são seres humanos que sentem na pele o que a canalha do capital internacional torna possível, ELES NÃO SÃO VOLUMES! NÃO DEVEMOS GUIAR AS MASSAS, DEVEMOS DAR O EXEMPLO! só assim podemos esperar que eles mesmo sejam capazes de andar pelas próprias pernas. Nós conhecemos nossos inimigos! Sou totalmente contrário as velhas 'entidades representativas' que já demonstram para que vieram!


Mudanças só virão com o rompimento com o velho. Não compactuo com o 'NOVO QUE NASCEU VELHO'.

"Me utilizo de um anarquista para lançar luz sob a questão : 'Sabemos que o caminho para percorrer poderá ser largo. Mas sabemos também que essa luta seria todavia mais extensa se cada indivíduo vacilar em emancipar-se, pessoalmente, dos prejuízos que tenha herdado' p. kropotkin".

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Vim a São Paulo e é verdade

Vim para São Paulo conferir se era verdade esse papo das enchentes e tal. Me arrependi da graça. Não é que a ex-cidade da garoa e atual cidade da chuva torrencial não tem mesmo para onde escoar tanta água e tanto lixo? É um desastre da natureza que não é natural. Na verdade, não é um desastre. É uma reação da mãe Terra, que de tanto sofrer ataques do homem, está fazendo ver seu poder diariamente.
É certo que se ouvessem mais investimentos anti-enchentes, parte do problema poderia estar resolvidade, mas o fato é todo o dinheiro investido nesse setor é apenas um quinto do orçamento dedicado à publicidade do recordista Kassab, que deveria era ser kassado.
Juca Kfouri (é assim?) já havia dito: se a Enchente fizer mais de 63 pontos em São Paulo, passa o Palmeiras e vai pra Libertadores. Ontem fez 65, mas competição já começou! Que pena Serra, que penam Kassab.

Vote Marina, a CHica MEndes!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O porquê das enchentes

A grande mídia esqueceu o jornalismo. Todos sabem que o parágrado básico de qualquer texto jornalístico é o lide ou  lead, que dá o oquê, onde, quando, como, e porquê dos fatos. E é fato que há mais de um mês e meio não pára de chover em São Paulo, enchendo a cidade de água poluída, que, como o galeroso na encruzilhada, não tem para onde correr. Então temos o seguinte: O quê? Enchente! Onde: São Paulo! Quando: 45 dias direto! Como: inundando o Tietê, o sujismundo, e impedindo o acesso ao centro. Mas e o porquê? É, isso a Midiazona não dá! Mas, agora... por quê? Tcharam! Porque simplesmente eles são os maiores empresários do país e tem relações íntimas com os outros grandes patrões do Brasil, pois vendem espaçoes publicitários para eles em seus jornais, tvs e rádios e tomam uisque na mesma mesa. E esses sãos os verdadeiros responsáveis pelas enchentes em São Paulo.

Agora que já sabemos o porquê  de eles não dizerem o porquê das enchentes, vamos falar o porquê das enchentes:

Em 2009, Serra deixou de gastar R$ 114 milhões nas obras de desassoreamento da bacia do Tietê. E o Orçamento de 2010 prevê um corte de outros R$ 51 milhões para ações antienchentes. O Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo, responsável pelas obras da calha do Tietê, terá R$ 42 milhões subtraídos dos seus investimentos. Na capital, o prefeito utilizou menos de 8% dos R$ 18,4 milhões previstos no Orçamento de 2009 para a construção de piscinões, que poderiam amenizar os efeitos das enchentes. E gastou R$ 80 milhões em publicidade. Para 2010, a equipe de Kassab prevê R$ 25 milhões para obras e gerenciamento de áreas de risco, um quinto do que pretende destinar a publicidade – R$ 126 milhões, novo recorde na história da cidade. Repetem-se no município as práticas de Serra, que este ano separou R$ 561 milhões para a rubrica comunicação. Em 2006, último ano antes de Serra, o estado despendeu em publicidade R$ 37 milhões.

O G1 não vai te dizer isso!

Felipe do Boca
 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Chávez é um inimigo da liberdade de imprensa?

Diga-me, irmão: Chávez é um inimigo da liberdade de imprensa?

Os venezuelanos têm hoje um cardápio de jornais, revistas e meios audiovisuais mais amplo e plural que em qualquer momento de sua história. Organizações sociais e comunidades tiveram apoio para romper a ditadura do poder econômico e criar novos veículos.
As punições recentemente adotadas contra a RCTVI (Rede Caracas de Televisão Internacional) e outros cinco canais a cabo suscitaram forte onda acusatória contra o presidente venezuelano. Um aluvião de artigos e editoriais foi lançado a público para acoimá-lo como inimigo da liberdade de imprensa.

A mídia conservadora, como é de seu feitio, embaralha as informações para melhor articular sua escalada contra Chávez. Os motivos que levaram às medidas punitivas são omitidos ou manipulados. O vale-tudo não tem compromisso com a verdade.

Os seis canais suspensos violaram seguidamente vários dispositivos legais (obrigatoriedade de transmitir redes oficiais, programas educacionais, símbolos nacionais, classificação etária e assim por diante). Três entre esses reconheceram as irregularidades e se comprometeram a retificá-las: voltaram imediatamente ao ar. Os demais têm a mesma possibilidade. Nenhum canal foi fechado ou desapropriado.

Até mesmo alguns setores progressistas, porém, ficaram abalados com esses fatos. Muitas pessoas de bem, afinal, reagem como se o tema da liberdade de imprensa fosse sagrado. Desses sobre os quais só pode haver uma opinião possível: as demais seriam autoritárias ou, quando muito, ultrapassadas.

O dogma criado pela plutocracia midiática associa uma robusta bandeira democrática com a apropriação privada dos meios para realizá-la. Liberdade de imprensa, para esses senhores e senhoras, é o direito ilimitado dos proprietários de veículos de comunicação em usufruir a bel-prazer de seus ativos de informação e entretenimento. Qualquer contestação ou regulação dessa franquia quase divina constituiria uma ameaça à democracia.

Mas o que há de democrático na transformação de um bem público (o direito de informar e ser informado) em monopólio de corporações privadas, famílias ou indivíduos? Qual é a liberdade possível quando os instrumentos de comunicação e cultura têm seu controle originado no poder econômico?

A revolução técnico-científica das últimas décadas fez da informação e seus meios um poder fático. Sua expansão foi patrocinada por governos e grupos empresariais, cuja associação direta ou indireta com os donos dos veículos alavancou esse baronato a um papel político, cultural e econômico de ampla envergadura.

Basta um olhar ligeiro sobre a América do Sul para termos noção desse processo. Quase todas as empresas relevantes de comunicação foram criadas ou fortalecidas pelas ditaduras e seus sócios capitalistas. Os casos Clarín e Globo, mais conhecidos, estão longe de ser exceção. Na Venezuela a história não foi diferente.

A democratização do subcontinente, no entanto, jamais chegou aos meios de comunicação. Está certo que acabou a censura, mas os barões da mídia só viram sua influência e autonomia crescerem. A liberdade formal de qualquer grupo social ou indivíduo em criar seu próprio veículo foi implantada, de fato, mas a possibilidade econômica de exercer essa prerrogativa continuou nas mesmas e poucas mãos.

Os interesses nessa autonomia, no mais, vão além dos proprietários dos meios, abençoados pelas condições institucionais de difundir livremente os valores, idéias e informações que melhor lhes apetecer para a lucratividade de seu negócio.

Seu estatuto especial, o de único poder público de caráter privado, permitiu a plena realização do diagnóstico anunciado pelo pensador italiano Antonio Gramsci, há mais de setenta anos, quando afirmou que os jornais haviam se transformado nos “modernos partidos políticos da burguesia”.

Os meios monopolistas de comunicação podem se exibir como neutros, objetivos ou isentos, com verniz de interesse universal que nenhuma agremiação conservadora teria como apresentar aos eleitores. Chegam à desfaçatez de alcunhar o que editam ou difundem de “opinião pública”, como se a sociedade tivesse delegado a esse setor social uma procuração para falar em seu nome.

Mas não se trata apenas de aparência. Através dos meios um exército profissional de colunistas, jornalistas e produtores de entretenimento, entre outros, pode ser integralmente mobilizado para construir os valores e as informações que correspondem aos interesses de seus patrões e associados. Esses veículos cumprem a tarefa de articular o discurso e a base social das elites ao redor das quais gravitam.

Sua atividade, ao contrário das demais funções públicas, incluindo os partidos políticos, não está subordinada a qualquer mecanismo eleitoral, controle social ou fiscalização institucional, ainda que os meios audiovisuais – a ponta de lança do sistema comunicacional – operem quase sempre a partir de uma concessão do Estado.

O que esse baronato chama de “liberdade de imprensa” é de um cinismo exemplar. Trata-se apenas da sua liberdade de imprimir, difundir e entreter, às custas da negação prática desse direito a imensos grupos sociais, que não possuem os instrumentos institucionais e as possibilidades financeiras de levar a público sua própria voz.

A eleição de governos progressistas na América Latina criou a chance dessa situação antidemocrática ser superada ou, ao menos, amenizada. A presidente Cristina Kischner, na Argentina, conseguiu a aprovação de uma nova lei para os meios audiovisuais. O boliviano Evo Morales segue pelo mesmo caminho. O líder venezuelano, atropelado em 2002 por um golpe de estado urdido e animado pelos grandes meios de comunicação, foi quem primeiro ousou agarrar o touro pelos chifres.

Nenhum desses governantes propôs que fosse estabelecida alguma espécie de censura ou impedimento para a circulação de idéias. Ao contrário: suas iniciativas buscam restringir o peso dos monopólios, abrindo espaços para novos atores e regulamentando uma atividade tão estratégica para a sociedade.

Trata-se, aliás, de uma abordagem comum à maioria dos países democráticos, nos quais existem leis que limitam esses monopólios, asseguram produção nacional e programação educacional, estabelecem cláusula de consciência para os jornalistas, abrem espaço para os movimentos sociais e sindicais.

Mas a reação do baronato venezuelano, no caso específico, não se fez por esperar. Vários dos proprietários desses meios simplesmente se recusam a obedecer legislação proposta por um governo eleito pelo povo e aprovada por um parlamento legítimo. As punições que receberam foram a conta justa, e bastante moderada, para quem insiste em andar fora da lei, costume inconcebível em uma democracia.

Os monopólios estão sendo regulamentados, como é adequado a qualquer serviço público, sob o risco de perderem a concessão que receberam caso persistam em atitudes antidemocráticas. Poderiam ter sido cassados há oito anos, quando foram protagonistas da intentona golpista, mas lhes foi conferida a oportunidade de revisarem suas opções.

Os venezuelanos têm hoje um cardápio de jornais, revistas e meios audiovisuais mais amplo e plural que em qualquer momento de sua história. Muitas organizações sociais e comunidades tiveram apoio governamental para romper a ditadura do poder econômico e criar as condições materiais para o surgimento de novos veículos.

Além de manter abertas as portas da imprensa oposicionista, apesar de suas recorrentes violações constitucionais, o governo Chávez deu vida a uma importante rede de rádios comunitárias, facilitou a criação de novos canais de televisão, direcionou a publicidade estatal para jornais e revistas independentes. Não é pouca coisa.

O presidente venezuelano, de fato, não se revela amigo da mesma liberdade de imprensa apregoada pela plutocracia midiática. Presta serviço às idéias democráticas, no entanto, ao identificar no monopólio privado e desregulamentado da comunicação o maior obstáculo para o direito de informar e ser informado.

Breno Altman é jornalista, diretor do site Opera Mundi (www.operamundi.com.br)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

essa é demais: Amazonino e Hitler no twitter!

Algum gênio da internet inventou de inventar a melhor tradução para as palavras do Hilter em "A queda", Negão, comparando-o  a Amazonino Mendes da maneira mais criativa e engraçada. Tenham o deleite: http://www.youtube.com/watch?v=pxhcmTRez0A  

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Olha mas v

Olha mas vê, o negócio é o seguinte: niguém posta nesse blog! Será que alguém lê? De qualquer forma escreverei como quem fala só e começo logo dizendo que vamos ter que botar fogo nessa porra! Digo, no bom sentido, esquentar a parada, entende? Trazer a galera pro blog, que nem a maluco traz gente pra roda! No bom e velho estilo sapo cururu (só papo). Porque talvez a gente nem tenha muito o que falar (mentira, mano, agente tem, mas fingir que não tem é estratégia pra ter mais!)... Nossas pautas não são outras que não as de todos nós: as do Planeta, da América Latina, do Brasil, da Amazônia, Amnazonas, Manaus, UFAM... entende? Não é querer muito é? Se tem que haver revolução, façamo-la. E pra fazê-la, não é com um nem com dois e sim com uma moooooooooçada, mano. E essa moçada está aí, sendeta de informação e sendo desinformada! Cabe a nós despertar a moçada desse sono profundo!

Divulguem o blog, falam dele como quem fala de mulher gostosa, escrevam nele, e assim construiremos algo mais coletivo para caminharmos juntos na marcha da macon... ô, nas diversas marchas por causas que acharem justas. Aqui, agente não precisa escrever o academicês. É a gramática do entendimento. Porque é com ele que desejamos vencer a guerra da paz, da democracia, da cultura, da arte, da ciência e contra esses fdp que roubam o nosso dinheiro. Afinal, ficar parado é que não dá e agora que a internet dá essa forcinha pra unir as pessoas e informações, vamos pegar essa carona de barco que de canoa tá foda!

Escrevo mais para os amigos do Boca, porque sei que ninguém lê, mas acredito que é por enquanto. Precisamos escrever aqui, divulgar, valorizar, linkar de outros e para outros lugares de informação e assim caminha a humanidade!
 
p.s: para despertar a moçada: http://www.cartamaior.com.br verão muito além
essa é do punk, e por isso, muuuuito mais punk, sente só: http://www.midiaindependente.org/

Olha

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O certo é que faremos! Mas o quê?

O mais novo ativista ambiental e prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, ao lado do seu vice e ex-presidiário, Carlos Souza, comemoram a vitória deles e derrota da cidade na campanha de 2007 para assumir a prefeitura de Manaus em 2008.

Agora o prefeito sobe a passagem de ônibus para 2,25 e determina aumento dos alternativos que trabalham em sistema de cooperativa, cobra taxa de lixo exorbitante (em alguns casos, vai passar de mil reais, fora o IPTU), proíbe o trabalho dos camelôs na cidade e deixa nossa Manaus entregue aos buracos, principalmente na parte mais pobre. A pergunta é: vamos mesmo deixar isso acontecer, como se nada tivesse a ver com nossas vidas e o povo, entidade maior da democracia, vivendo na merda?

Um dia desses, um ladrãozinho foi pego perto de casa. Um pobre-coitado, talvez viciado em drogas e muito provavelmente com péssimas condições de vida. Tá bom, isso não justifica o ato. Mas faz compreensível. Agora, peraí: esse garoto, que roubou um botijão de gás da minha vizinha fofoqueira, ter pego tanta da porrada (uns queriam até matá-lo), enquanto os bem estudados (Amazonino fez Direito na UFAM), maiores bandidos da nossa cidade e do interior do Estado (onde a situação é, talvez, pior, mas pelo menos não tem trânsito e poluição), são heróis de uma população que nada faz para tirar esse poder, que é nosso ou deveria ser, daquelas mãos sujas.

Como diria o Casoy, isso é uma vergonha! Reflitam no que faremos, porque é certo que devemos fazer algo!